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terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Pandemia. O que representa a política de ajuda da Alemanha a Portugal?

Na ordem do dia a criação de um sistema de saúde integrado, na União Europeu. E o debate sobre a reforma democrática da União Europeia?


A ajuda alemã merce destaque porque ocorre num momento particularmente difícil para este país, que enfrenta a intensificação da pandemia.
Contrasta com a crise de há um ano atrás, em que a Itália foi praticamente abandonada e a Alemanha, ainda sem grandes problemas, resistia não só á criação de um serviço de saúde integrado na União Europeia, como ao financiamento mutualizado da recuperação económica. A solidariedade, à ápoca, não passou de atos isolados e residuais.
Recordemos que na altura, por iniciativa do primeiro-ministro de Espanha, coadjuvado pelo primeiro-ministro de Portugal e mais de uma dezena de governos, estas propostas já tinham sido avançadas, o que coloca na ordem do dia a necessidade de discutir o atual modelo político da União Europeia, o qual, sem o reconhecer, é um Federalismo Burocrático e Monetário.
As medidas em curso, na economia e na saúde, demonstram o que poderá vir a ser ser uma nova União Europeia, organizada segundo os princípios do Federalismo Democrático, que já existe disseminado no mundo e assume caraterísticas diversas conforme a história de cada nação.
Não se trata de copiar o modelo chinês, que integra harmoniosamente 56 nacionalidades, o alemão ou dos EUA, com a autonomia dos seus estados, mas de abrir um caminho original para um federalismo democrático com caraterísticas europeias, construído passo a passo, não apenas para enfrentar as pandemias, mas também os outros fenómenos que, como ela, são parte integrante e inevitável da crise ambiental, mas também o terrorismo internacional e a crescente ditadura dos gigantescos Fundos Abutres, o cartel dos grandes bancos e as multinacionais de todos os ramos, hoje mais poderosos que os próprios estados, como o demonstra a condenável conduta da AstraZeneca.
Quantos milhares de infetados poderíamos poupar á infeção e á morte, se esta empresa cumprisse os prazos e o volume de entregas, que será de pouco mais de 1/3 do que fora contratualizado para o primeiro trimestre? Enfim, para que a Europa possa negociar com os EUA, a China e a Rússia, em pé de igualdade, as regras do comércio internacional, a resolução pacífica dos conflitos e o caminho para a destruição das armas de destruição massiva, e enfrentar o terrorismo internacional e o crime internacional.

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